Japão pretende lançar 6G até 2030; 10 vezes mais veloz que o 5G
| |O ano de 2019 já foi um marco na história do 5G, pois ao longo dele foram ativadas as primeiras redes comercias da nova tecnologia no mundo.
Embora o 5G seja uma inovação bem recente que ainda está dando seus primeiros passos, países com avanço tecnológico de ponta, como o Japão, já começam a vislumbrar um futuro bem mais audacioso para o futuro, planejando desde já seus passos para implantação do sinal 6G. O país oriental pretende empenhar seus máximos esforços no desenvolvimento da rede sucessiva ao recém inaugurado 5G.
O plano do governo japonês é ambicioso, embora não tenha inaugurado o 5G no país ainda, o que está previsto para este ano. Já a implantação da sexta geração está prevista apenas para 2030. Segundo o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do paíso seu desenvolvimento contará com a parceria dos cidadãos japoneses, conforme afirma reportagem recente do jornal NikkeiAsian Review.
O jornal também enfatiza que o Ministério em questão instituirá, em breve, um comitê de pesquisa sobre o 6G que ficará sob o comando do Reitor da Universidade de Tóquio, MakotoGogami;cujo o objetivo será definir as estratégias e metas para a futura implantação da tecnologia 6G no Japão. Será um projeto de longo prazo, dado que a inauguração está prevista para inícios a próxima década.
Como será a tecnologia 6 na prática
A rede 6G promete velocidade de transferência de dados que poderá ser até 10 vezes maior que em comparação com o atual 5G (falam de algo em torno de 1 Tb por segundo para descarregar dados). O previsto é que a nova rede seja capaz de fazer transferências de enormes quantidades de informações de forma instantânea, para isso serão utilizadas onda de rádio frequência muito alta.
O “livro branco” sobre o 6G
A Universityof Oulu da Lapônia finlandesa, com a tentativa de prever como será o mundo na era 6G, publicou o “livro branco sobre o 6G”, Intitulado “Key Drivers andResearchChallenges for 6G Ubiquitous Wireless Intelligence”. A publicação é baseada na opinião de 70 especialistas e tem como escopo tecer hipóteses e buscar esclarecer quais os conhecimentos necessários para implantação da tecnologia e quais elementos incidirão sobre ela.

No livro, os professores Matti Latva-aho e KariLeppänen, assinalam que o desenvolvimento do 6G deverá ser fruto de uma parceria entre pesquisadores, empresas, políticos e todos os responsáveis pela “smartsociety”. Sua implantação deverá acontecer, segundos os professores, com direcionamento da ONU sob os auspícios do desenvolvimento sustentável. Na publicação são descritos os 3 pilares que serão os sustentáculos da futura rede:
- Ubiquitous: o sinal deverá obrigatoriamente estar disponível de maneira permanente em todos os lugares.
- Wireless: a rede será fator imprescindível na infraestrutura critica.
- Intelligence: os serviços e aplicações serão desenvolvidos para humanos e não-humanos.
6G promete um mundo um tanto diferente
O documento aponta ainda alguns aspectos sociais e tecnológicos que serão afetados e influenciados pela rede 6G, dentre os quais teremos:
- Uma humanidade voltada mais para os aspectos sociais e comerciais, sendo que os objetivos de sustentabilidade da ONU lhe darão forma;
- Será necessário o desenvolvimento de novos dispositivos, pois o 6G fará com que os smartphones fiquem ultrapassados, sendo substituídos por dispositivos mais modernos, com uso maior da telepresença e gerenciados pela IA;
- Hardwares e softwares mais potentes, já que o uso de imaging e revelações 3D serão usadas em aplicações cotidianas, o que requererá projetos que equipamentos e programas adequados a velocidade e frequência exigida;
- IA no comando de redes físicas e sistemas wireless, isso exigirá a adoção de novos métodos de acesso e sistemas de segurança inovadores a nível físico.
Primeiros passos da tecnologia 6G pelo mundo
Na corrida pelo primeiro lugar no desenvolvimento e implantação do 6G no mundo, o Japão não está sozinho. A China, sua rival no continente, já está levando a cabo diversos projetos de investigação e pesquisa sobre o assunto. Ainda no continente asiático, na Coréia do Sul, a Samsung e a LG já desenvolvem projetos nesse sentido.
Em se tratando de Europa, a Finlândiaestá da dianteira dos países,se movendo nessa mesma direção. O país começou a investir de forma maciça na sexta geração de rede já a partir do ano passado e anunciou o financiamento do 6Genesis, um importante programa de pesquisa que durará 8 anos e que tem como objetivo conceituar essa tecnologia.
Enquanto isso, no Brasil, as coisas seguem como de rotina, postergando qualquer projeto, programa ou atividade que venha iniciar a implantação do 5G . Emperrados em tanta burocracia, as novidades quando chegam ao país já estão obsoletas nos países de primeiro mundo, um triste fato para um país que se intitula o líder sul americano.